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Mostrando postagens de agosto, 2020

A difícil arte de festejar a vida...

  “Solidão é independência. Com ela eu sempre sonhara e a obtivera afinal, após tantos anos.” ( Hermann Hesse) Estamos preparados para a liberdade, viver respeitando tudo, todos e aceitando as exigências do ser livre? Talvez... Desde que nascemos somos, aos poucos, formatados de acordo com os padrões estabelecidos e considerados corretos. Nossos pais, dentro de suas possibilidades, nos ensinam aquilo em que acreditaram um dia. Assim vamos construindo o que consideramos correto. Desde criança ouço falar de alguns temas que fui, aos poucos, concordando ou discordando no mover da vida. Hoje meus conceitos são, às vezes, claros. Mas sigo como observador. Percebendo novos valores que surgem e se tornam parâmetro para a vida, enquanto outros não passam de sugestões de comportamento que se evaporam ou metamorfoseiam (que palavra), dando lugar a novos modelos. Abaixo, enumero alguns que considero pelo menos engraçados...   Dormir  - Sempre ouvi dizer que oito horas de sono, ...

Imprevisíveis encontros...

Em um dia ensolarado, enquanto nos acomodávamos em um restaurante para um almoço após uma longa manhã de reuniões, ele, subitamente, me disse: “- Por que não fazemos música juntos?” Olhei-o, pensei e, após uma eternidade de dois segundos, disse que ia procurar alguns temas que mantinha guardados. Mentira. Não havia nenhum tema composto. O espaço fictício que eles ocupavam, cedeu lugar à urgência de ter algo para enviar para ele. Teria dias de muito trabalho pela frente...   A noite era boa, quente. Como a maioria das noites no Rio de Janeiro. Em volta da mesa, pessoas que acabara de conhecer me causavam um bem-estar silencioso, desembaraçado e, mineiramente, observador. Brindes, risos e novas histórias invadindo o pensamento enquanto inquietas cervejas se despediam de sua origem, acariciadas por minhas mãos, saciando minha boca ansiosa de seu frescor. Me levando à compreensão da beleza do encontro e dos desígnios traçados pelas escolhas que fiz quando, aos sete anos de idade, adorm...