A solidão da existência em Hermann Hesse
A evolução pessoal e espiritual por meio da experiência estética vivenciada na arte é constante na obra de Hermann Hesse, escritor alemão, nascido em Calw e naturalizado suíço. Desde suas primeiras obras até a maturidade plena, quando produziu seus grandes romances, seus personagens, quase sempre espelhos de sua realidade, encontram na música e na pintura, principalmente, o impulso criador como mola propulsora para o enfrentamento da realidade e contingências do dia a dia. Em um paralelo entre a vida vivida intensamente, em meio às suas complexidades, a evolução rumo ao conhecimento por meio da experiência diária e o embate com a fragilidade do ser, confrontando com as regras de comportamento e luta pela sobrevivência, vemos o nascer de um outro componente: o homem enquanto individuo pensante, com suas necessidades, qualidades e desejos de auto afirmação, na solidão de sua existência. Hesse, como Nietzche, considerava a música uma arte feminina, que se organiza por meio de harmonia