Um dia de canção
Parte A Chegar à sede da UBC no Rio de Janeiro nessa última sexta-feira foi interessante. Triste, talvez. Logo na recepção, pude ver um banner que anunciava a morte de Fernando Brant. A recepcionista, Soninha, com olhos tristes me saudou com um beijo suave e um abraço indagador. Daqueles que nos questionam a falta do protagonista. Eu, coadjuvante, diante de um semblante de choro, decidi que iria subir para ver algumas pessoas. No elevador, era como se desvendasse diante de mim uma nova casa em um silêncio total que dominava minha mente, entremeada por pequenos cumprimentos aos funcionários que cruzavam comigo que, com olhares suaves, assentindo com a cabeça, confirmavam entender minha solidão. Foi no oitavo andar, após o sorriso comedido e tímido das meninas que me receberam, que me dei conta do vazio que vivemos quando pessoas que amamos e respeitamos, se ausentam de nossas vidas. Marisa Gandelman com os olhos marejados, veio me receber e num abraço longo dissemos tudo que nunca pod