Papai Noel
Na infância eu tinha muita pena do Papai Noel. Nas noites quentes de dezembro, eu ficava muito preocupado pensando em um velhinho tão bom, viajando a noite toda, com aquela roupa quente de lã e usando luvas grossas. Além do peso que carregava, claro. Pensava no calor insuportável que ele sentia. Um dia, resolvi que eu seria Papai Noel. Comprei roupa vermelha, barba comprida e branca, e tudo necessário para ser um perfeito “velhinho do bem” na noite de Natal. Meu filho, ainda novinho, me perguntava muito sobre ele... Disse-lhe que normalmente ele aparecia por volta da meia noite. Ele, muito ansioso, foi para a cama, mas, para minha surpresa e satisfação, se manteve em estado de alerta. O Papai Noel, envolvido com seu trabalho, foi surpreendido, na sala, próximo à árvore de Natal. Surpreso, eu ví brilhar os seus olhos de criança que olhavam atentamente o bom velhinho. Aos poucos, sua atitude de encanto, foi mudando e assumindo uma postura observadora. Com grande decepção, toc